Friday, November 03, 2006
Barragem vai dar novo impulso agro-pecuário no Luso
A intervenção prevê a criação, entre outras obras hidráulicas, de uma barragem de terra com 40 metros de altura e uma rede de rega com cerca de 14 quilómetros de extensão. Os terrenos abrangidos serão dotados de uma rede viária com aproximadamente 20 quilómetros.
Segundo o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), que se encontra em fase de inquérito público, este empreendimento hidroagr�cola assume especial destaque nos aspectos econ�micos e sociais para os habitantes das povoações da Lameira de Santa Eufémia, Lameira de São Geraldo, Lograssol, Carreira, Vacariça e Reconco.
Com a construção da barragem os agricultores terão uma origem de água para rega o que irá melhorar a eficiência da agricultura já praticada. E, por essa via, trará benefícios directos ao seu orçamento familiar, tendo como consequência uma melhoria no nível de vida.
A execução das obras previstas tem um prazo de cerca de 26 meses. O EIA aponta para impactes de construção de um modo geral pouco significativos. Mesmo assim, estão definidas acções minimizadoras. O licenciamento depende de autorização das tutelas ministeriais, nomeadamente Ambiente e Agricultura.
A história do projecto de regadio do Luso, Vacariça e Mealhada, como muitos outros em Portugal, tem uma história longa. Os primeiros trabalhos remontam à década de 50 do século passado, através de obras de beneficiação.
O empreendimento hidroagr�cola actual foi lançado pela Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL) que conta com o envolvimento directo da Junta de Agricultores do Luso, Vacariça e Mealhada, existente desde 1987.
A localização da barragem teve em conta questões geológicas bem como o interesse de não interferir com o aquifero na zona que se crê ser o das àguas do Luso.
Apesar da existência de fontes termais nas proximidades, as origens de água (poços e furos) que se manté ao longo do ano são muito raras.
A candidatura da DRABL ao programa Agris para a realização das obras hidráulicas foi aprovada no ano passado.
São oito milhões de euros provenientes de fundos comunitários (75 por cento) e do Estado português (25 por cento).
Sector agrário perdeu importância
O Luso é uma freguesia com tradição na actividade turistica, embora de carácter sazonal,baseado na actividade termal. A Vacariça já não possui actividades económicas significativas, com excepção da indústria das águas minerais naturais com a fábrica das águas do Cruzeiro.
Constata-se um decrescimento constante da população activa no sector primário nesta região onde predomina a agricultura praticada como forma de complemento do orçamento familiar nas povoações localizadas no interior do perímetro de rega da futura barragem.
A paisagem da várzea da Vacariça é marcadamente caracterizada pelas pequenas explorações agrícolas.
A média de idades dos produtores agrícolas, das povoações directamente beneficiadas pelo perímetro de rega é maioritariamente superior a 40 anos. E a ocupação em trabalho agrícola dos produtores é sensivelmente inferior a 50 por cento, visto a actividade agrícola ser para estes secundária.
Publicado 3/06/2006
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