Tuesday, November 28, 2006

Arvores com interesse publico

São árvores que pelo seu porte, estrutura, idade, raridade ou ainda por motivos históricos ou culturais se distinguem de outros exemplares. O Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas é o departamento do Estado responsável pela classificação, acto publicado no Diário da República.

QUE CONDICIONALISMOS E VANTAGENS ADVÊM DA CLASSIFICAÇÃO?

A classificação “de interesse público” atribui ao arvoredo um estatuto similar ao do património construído classificado. Fica sujeito a autorização da Direcção-Geral das Florestas qualquer arranjo, incluindo o corte ou a desrama, sendo garantida aos proprietários orientação técnica para as intervenções necessárias à manutenção das árvores.

QUE BENEFÍCIOS PARA A SOCIEDADE?

- A salvaguarda de exemplares únicos, que por vezes se encontram ameaçados;
- A constituição de um património excepcional do ponto de vista da protecção dos recursos genéticos;
- Uma mais-valia para o enriquecimento da região, nas vertentes ecológica, cultural e paisagística;
- A constituição de um recurso turístico de elevado potencial.

A conservação e engrandecimento deste património de valor inestimável, verdadeiros monumentos vivos de Portugal, só se conseguirão com o envolvimento e contribuição de toda a sociedade, que se deverá rever em exemplares vegetais que são um testemunho vivo do seu passado e que serão ainda contemplados pelas gerações vindouras.



«As árvores e maciços arbóreos classificados de interesse público constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico, em grande medida desconhecido da população portuguesa.

Quantos portugueses sabem que no seu país se encontra a árvore mais alta de toda a Europa? Quantos tavirenses conhecem a vetusta oliveira de Pedras d'El Rei, cuja idade foi medida em mais de 2000 anos, sendo portanto anterior à era cristã? Imaginam os lisboetas que se cruzam diariamente com dezenas de árvores notáveis que testemunharam acontecimentos decisivos da História de Portugal?

No entanto, já desde o século XIX que silvicultores e naturalistas apelam à protecção de "arvores collossaes", que representariam o remanescente da antiga cobertura indígena e anteviam o prodigioso desenvolvimento de outras espécies exóticas recém introduzidas, cujo rápido crescimento certamente as levaria a suplantar em dimensão o arvoredo autóctone.



As primeiras medidas legais de protecção às árvores datam de 1914, mas só em 1938 a acção do Estado é grandemente ampliada, com a publicação do Decreto-Lei n.º 28 468, de 15 de Fevereiro de 1938. Diz este Decreto-Lei, característico da fase inicial do Estado Novo, que:

"...devem proteger-se todos os arranjos florestais e de jardins de interesse artístico ou histórico, e bem assim os exemplares isolados de espécies vegetais que pelo seu porte, idade ou raridade se recomendem a sua cuidadosa conservação.

Deste modo não só se afirma por eles respeito, como se organizam os meios de defesa desta parte do nosso património representado na paisagem, na arquitectura dos jardins e na majestade das velhas árvores.

Estas providências, apesar de impostas principalmente por motivos de ordem estética, vão contribuir para aumentar o património moral da Nação."

Desde essa altura foram classificadas pelos Serviços Florestais centenas de árvores e maciços arbóreos, de diversas espécies e por todo o país, totalizando actualmente 316 árvores isoladas e 48 maciços, bosquetes ou alamedas.»

Já agora a cmm, poderia também declarar algumas árvores com interesse publico, face a tão rica fauna no concelho!

Sunday, November 26, 2006

Afinal a crise já não é nova!



Apesar da extinção das ordens religiosas masculinas em 1834, a permanência monástica no Bussaco prolongou-se até finais de 1855, quando restava apenas Fr. António de S. Tomás de Aquino.
Em 8 de Junho de 1856, a Mata transita para a Administração Geral das Matas do Reino. Demonstrava grandes sinais de abandono: muitas árvores depauperadas, ruas obstruídas, a maioria das capelas quase destruídas, grandes silveirais e matos.
Em 1856 é integrada na Administração Geral das Matas do Reino, que promoveu de imediato acções de recuperação de património e de valorização, com recurso a espécies exóticas provenientes do Jardim Botânico de Coimbra.
Em finais de 1859 foram plantados 1019 exemplares de Cupressus lusitanica, a marginar os arruamentos da mata.
Em 1888 já estavam inventariados 400 espécies indígenas e 300 espécies exóticas da flora da Mata do Buçaco.
O final do século XIX foi a época de mais intensa arborização da mata, tendo esta atingido o seu apogeu tanto qualitativo como quantitativo nos anos 40 do século XX.

Com a extinção da Administração Geral das Matas do Reino e a criação dos Serviços Florestais (1886) no âmbito da Direcção Geral de Agricultura do Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, continuou o empenho público na valorização florestal da Mata do Buçaco.

Esta Mata sofreu, em diversas épocas, grandes prejuízos devido a temporais (1870 – 80), condições climáticas adversas, incêndio de grandes proporções (1920 – 30) e a um ciclone em 1941, que derrubou 5 400 exemplares de grande porte.

Afinal a crise já não é nova!

Sunday, November 12, 2006

Toca a plantar pseudotsugas no Luso …





Pseudotsuga menziesii, também conhecida como"Abeto de Douglas" (embora na realidade não seja um abeto!), ou Pinheiro de Oregon é um dos gigantes da costa oeste norte-americana, juntamente com as sequoias (Sequoia sempervirens e Sequoiadendron giganteum).
O maior exemplar do país, de acordo com Ernesto Goes (Árvores Monumentais de Portugal), encontra-se na Mata do Buçaco com 45 m de altura e cerca de 5m de perímetro à altura do peito (perto do portão das Lapas).
Fala-se de exemplares, hoje desaparecidos, com mais de 126 metros de altura e 5.5 de diâmetro.Oficialmente, o abeto mais elevado que aquele que tem-se certeza era conhecido como Tree Mineral, situado perto de Mount Rainier (Washington), tinha 1.020 anos de idade e 119.8 metros de altura, caindo 1930.Actualmente o Pinheiro de Oregón mais elevado é-se o abeto Brummit (Coos County-Oregón), medida 100.27 metros de altura e 3.5 metros de diâmetro
O Pinheiro de Oregón foi descoberto por Menzies na Ilha de Vancouver em 1792.As primeiras sementes semeadas na Europa foram provavelmente por Douglas em 1827, na Escócia. Na França foi introduzido em 1842 e entre 1844 e 1849 produz-se as primeiras plantações em Portugal, sempre parques ou em jardins castelos ou palácios. (Palácio Real do Buçaco)
Toca a plantar pseudotsugas no Luso



Castanea sativa Miller




O Castanheiro (Castanea sativa Miller) é da família das Fagáceas, da mesma família a que pertencem os carvalhos, e do género Castanea.
É uma árvore de grandes dimensões que atinge 20 a 30 metros de altura e de folha caduca.Esta poderá viver 900 anos, começando a produzir aos 10 anos até aos 600 anos.A produção de castanha poderá chegar a 90 kilos por ano.O porte é geralmente imponente com um tronco espesso e uma copa semi-esférica, mais ou menos alongada.O tronco é liso nos primeiros dez-quinze anos, mas a casca rapidamente se fendilha criando linhas pouco profundas que, com o envelhecimento das árvores, faz com que o tronco mais pareça estar torcido.As folhas verdes brilhantes, dentadas e estão dispostas alternadamente sobre os ramos.O comprimento é variável mas é comum atingirem os 20 cm de comprimento e mais de 5 cm de largura.Do pé das folhas saem durante um período variável entre Maio e Julho os amentilhos (cachos de flores amarelas) que parecem iluminar a árvore, razão porque em algumas zonas do país lhes chamam candeias.O forte odor destas flores atrai abelhas e outros insectos que, juntamente com o vento, transportam o pólen de umas árvores para outras.O desenvolvimento dos frutos dá-se no interior de um invólucro espinhoso - ouriço.Em cada ouriço desenvolvem-se normalmente três castanhas de forma cónica mais ou menos achatada. A partir do início de Outubro os ouriços abrem e libertam as castanhas que caem no chão.Em Portugal há alguns exemplares de castanheiros monumentais nos distritos de Bragança Viseu e Guarda, cujos troncos têm circunferências com cerca de 10 metros e as copas conseguem abrigar várias dezenas de pessoas.Tratam-se de castanheiros centenários que parecem querer cumprir o dito do povo que diz que "um castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer".

Peblicado 30-06-2006

Friday, November 03, 2006

Barragem vai dar novo impulso agro-pecuário no Luso



A intervenção prevê a criação, entre outras obras hidráulicas, de uma barragem de terra com 40 metros de altura e uma rede de rega com cerca de 14 quilómetros de extensão. Os terrenos abrangidos serão dotados de uma rede viária com aproximadamente 20 quilómetros.

Segundo o Estudo de Impacte Ambiental (EIA), que se encontra em fase de inquérito público, este empreendimento hidroagr�cola assume especial destaque nos aspectos econ�micos e sociais para os habitantes das povoações da Lameira de Santa Eufémia, Lameira de São Geraldo, Lograssol, Carreira, Vacariça e Reconco.

Com a construção da barragem os agricultores terão uma origem de água para rega o que irá melhorar a eficiência da agricultura já praticada. E, por essa via, trará benefícios directos ao seu orçamento familiar, tendo como consequência uma melhoria no nível de vida.

A execução das obras previstas tem um prazo de cerca de 26 meses. O EIA aponta para impactes de construção de um modo geral pouco significativos. Mesmo assim, estão definidas acções minimizadoras. O licenciamento depende de autorização das tutelas ministeriais, nomeadamente Ambiente e Agricultura.

A história do projecto de regadio do Luso, Vacariça e Mealhada, como muitos outros em Portugal, tem uma história longa. Os primeiros trabalhos remontam à década de 50 do século passado, através de obras de beneficiação.

O empreendimento hidroagr�cola actual foi lançado pela Direcção Regional de Agricultura da Beira Litoral (DRABL) que conta com o envolvimento directo da Junta de Agricultores do Luso, Vacariça e Mealhada, existente desde 1987.

A localização da barragem teve em conta questões geológicas bem como o interesse de não interferir com o aquifero na zona que se crê ser o das àguas do Luso.

Apesar da existência de fontes termais nas proximidades, as origens de água (poços e furos) que se manté ao longo do ano são muito raras.

A candidatura da DRABL ao programa Agris para a realização das obras hidráulicas foi aprovada no ano passado.

São oito milhões de euros provenientes de fundos comunitários (75 por cento) e do Estado português (25 por cento).

Sector agrário perdeu importância

O Luso é uma freguesia com tradição na actividade turistica, embora de carácter sazonal,baseado na actividade termal. A Vacariça já não possui actividades económicas significativas, com excepção da indústria das águas minerais naturais com a fábrica das águas do Cruzeiro.

Constata-se um decrescimento constante da população activa no sector primário nesta região onde predomina a agricultura praticada como forma de complemento do orçamento familiar nas povoações localizadas no interior do perímetro de rega da futura barragem.

A paisagem da várzea da Vacariça é marcadamente caracterizada pelas pequenas explorações agrícolas.

A média de idades dos produtores agrícolas, das povoações directamente beneficiadas pelo perímetro de rega é maioritariamente superior a 40 anos. E a ocupação em trabalho agrícola dos produtores é sensivelmente inferior a 50 por cento, visto a actividade agrícola ser para estes secundária.

Publicado 3/06/2006

Barregem agrícola II



Como queremos ser terra de água, após uma análise às curvas de nível, chegamos a conclusão que ainda o podemos ser.
Quanto à legenda as linhas vermelhas representam novas estradas a fazer, servindo de circular externa do Luso, trazendo assim melhorias ao transito local, bem como facilmente pessoas que viajam veriam coisas bonitas no Luso, e de fácil acesso.
Quanto às linhas azuis, essas representam uma conduta de água de vale da Ribeira, para encher as outras barragens mais facilmente, contribuído para que o seu nível fosse estável.
Quanto à realização destas sabemos que são de fácil elaboração, bastando só quase utilizar uma giratória e um camião dumper. Quanto à deslocação de terras, não há necessidade de as trazer de outro lado. Basta só retirar terras do sitio de implantação da barragem e assim aumentaríamos o caudal que a barragem levaria, e também seria mais económico fazer a barragem

Vejam lá como o acesso ficaria facilitado quem quisesse ir dos Moinhos para a Pampilhosa, passando pelo Bairro Melo Pimenta.

Mas digam lá qualquer coisa?

Publicado 16/11/2005

Barragem agrícola I


Como creio que o futuro pertence aos audazes, era bom que as camadas politicas municipais, pensassem a sério nesta barragem.
Embora não conheça o projecto na realidade, fazendo uma análise a uma carta militar, podería ser construída uma barragem com a quota máxima, com essas caracteristicas.
E poderemos fazer uma comparação muito facilmente com o lago do Luso, para perceber que ficaria um belo espelho de água.
Podendo vir a ser aproveitado não só para rega, mas turisticamente.
Além do mais fazendo tal dita barragem, iria com certeza de uma forma, mais ou menos significativa, influenciar possivelmente os caudais da fonte de São João. Isto visto o nível freático subir de nível.
O que acham da ideia!
É que embora o PS tenha colocado este ano nas eleições autarquias esta barragem, penso que lidam com este projecto como ele fosse da concorrência.
Ou estarei eu enganado!
Bem pessoal, comentem lá a foto e digam lá se não ficava bonito.

Publicado em 03/11/2005