Friday, December 08, 2006

Toca a plantar citrinos…


As principais espécies do pomar citrícola português são a laranjeira (Citrus sinensis L.), a tangerineira (Citrus reticulata, Citrus deliciosa e Citrus unshiu) e o limoeiro (Citrus limon L.)
Os citrinos tiveram a sua origem em regiões tropicais e subtropicais da Ásia (Sul da China, Indochina, Índia, etc.).
Desta forma, o desenvolvimento destas espécies ocorre com temperaturas compreendidas entre os 10-12 °C e os °38 C, situando-se as óptimas entre os 23 °C e os 34 °C.
As temperaturas baixas são mais prejudiciais do que as altas, e os danos causados serão tanto mais acentuados quanto maior for o período de ocorrência das mesmas.
Os órgãos mais afectados são os gomos florais, os ramos jovens e os pequenos frutos.
O vento é um dos elementos climáticos mais prejudicial para os citrinos, podendo causar diversos danos por acção mecânica e térmica ou até por arrastamento de substâncias nocivas como os sais ou a areia.
Os citrinos têm grande poder de adaptação aos mais diversos tipos de solo, até porque se pode dispor de diversos porta-enxertos com características adaptadas às mais variadas situações. No entanto, os mais adequados para esta cultura são os de textura ligeira ou média, profundos e isentos de salinidade.
Podem produzir uma só árvore até 150 kg de fruta, e que fazendo um calculo por alto a 1€ (preço médio de fruta), poderemos constatar que pode ser um rendimento extra.
Existem muitas variedades de citrinos, com diferentes tamanhos, sabores, e tempo de colheita, começando as Tangerinas logo a produzir em Novembro até Laranjeiras a serem colhidas em Julho e Agosto.
Toca a plantar citrinos…

Friday, December 01, 2006

Nogueira - Juglans Regia


A nogueira não é originária das nossas latitudes, mas adaptou-se a elas há muito tempo.
É originária do Sudoeste Asiático e do Mediterrâneo Oriental e foram os Romanos que a introduziram na Europa.
Apresenta diversas variedades cultivadas, umas com polinização mais precoce (variedades francesas) e outras com polinizações mais tardias.
Embora as nogueiras não tenham um macho e uma fêmea como os kiwis ou pistacheiros, é altamente recomendável que se plantem ao lado de variedades tardias algumas arvores mais precoces a fim de aumentar a produção.
È claro que fica sempre bem falar nas abelhinhas pois elas fazem milagres nas árvores de fruto.
As suas sementes, as nozes, de sabor agradável e ricas em óleo, consomem-se directamente ou são espremidas para obter o óleo de nozes. Há também nozes pequenas e rijas, mas também outras grandes que se partem na mão.
Em anos de boa colheita, uma árvore de copa grande pode produzir até 150 kg de nozes.
A madeira da nogueira é considerada uma das mais valiosas das diversas classes de madeira existentes entre nós. É de uma dureza comparável à do carvalho, mas fácil de trabalhar, e além disso é extraordinariamente decorativa pelos tons vivos e escuros do seu durame.
A nogueira cultiva-se fundamentalmente pelos seus frutos e necessita de solos profundos, ricos em nutrientes e protegidos das geadas tardias, pois as suas flores são muito sensíveis.
E é pena no Luso haver tão poucas, porque embora tenhamos o privilégio de ter um microclima muito bom, onde muito raramente cai geadas, acho que se contarão pelos os dedos das mãos as nogueiras que há no Luso.
Lembro que quando era miúdo ia ali perto do Hotel Serra apanhar nozes no chão e era uma alegria.
É uma árvore com uma copa largamente ramificada, e pode atingir os 30 metros de altura, e poderá viver 400 a 600 anos, começando a produzir logo por volta dos 10 anos.
Será assim aconselhável planta-las mais ou menos de 10 em 10 metros.
Toca a plantar Juglans regia no Luso…